Como personagem principal a própria cidade de Barcelona, o filme é claramente inspirado na relação mais do que conturbada dos artistas franceses Auguste Rodin (aquele que esculpiu "O pensador") e Camille Claudel (louca e também escultora).
Não vou comentar se é um filme de Woody Alen, se tem como atores Penélope Cruz (foto) ou Scarlett Johansson ou Rebecca Hall ou Javier Bardem (que até consegue ficar charmoso nesse filme)... ou o fato de todo mundo pegar todo mundo até o final.
Vicky Cristina Barcelona nos mostra simplesmente que os momentos e passagens de nossas vidas são mutáveis.
Só o amor pode ser para sempre(é, eu acredito nisso ainda), mesmo que nunca seja totalmente completo. Não somos completos. Somos feitos de momentos. Momentos de loucura, paixão, ternura, sensualidade. Momentos de sensibilidade à flor da pele, irresistíveis, mas que devem ser guardados conosco. Ou expressos através de tinta e tela, caneta e papel... isso não importa quando se trata da linda e envolvente Barcelona.
"Vicky..." é um filme onde as ações das personagens não precisam ser julgadas ou entendidas. Somente sentidas.
Uma frase da personagem de Penélope Cruz que eu adoro: "Nosso amor vai durar para sempre. É para sempre mas não dá certo. Por isso será romântico. Porque não pode ser completo."
(É, eu sei bem o que é isso...)